A verdade é que sobra dinheiro na câmara.
Se algumas pessoas acham esquisito de uma hora para outra a implicância do MP quanto a nossa câmara de vereadores, devemos lembrar das medidas tomadas pelo Tribunal Eleitoral antes da eleição para vereadores. A chamada redução do número de vereadores como forma de diminuir gastos públicos não mexeu na porcentagem aprovada pelo legislativo como verba da câmara(algo em torno dos 7%) de toda a arrecadação municipal. Desta forma, diminuiu-se o numero de vereadores mas não a verba total que a câmara tem de direito. Com menos vereadores e com tanto dinheiro em caixa era de se esperar que o legislativo tomasse alguma medida no sentido de usufruir-se desta verba, sem ter que devolver ao erário público. Assim, ao invés dos nossos digníssimos vereadores se preocuparem com o que fazer em prol do município, dedicaram-se em arranjar formas cada vez mais estratégicas de como gastar a dinheirama. Lógico que isto acabaria em atos ilícitos, mas devemos lembrar que tais atos somente ocorreram devido a facilitação das leis que foram implementadas na ultima hora, transparecendo que havia até interesses de grupos na sua aprovação.
Não que isto seja uma defesa do exercício sempre perverso do mau uso do dinheiro publico, mas que o MP vai ter que mover muitas ações para desvendar como o dinheiro esta sendo usado, com certeza, vai.
Entre nepotismo, indicação de assessoria em cargos da câmara e desvios de dinheiro em concorrências cada vez mais esdrúxulas, ainda tem os salários de diversos setores regulamentados conforme a necessidade de utilização do dinheiro que sobra todo mês.
A única coisa que regulamentaria isto tudo seria fazer da câmara de vereadores um órgão publico de fato, onde todos os cargos(digo todos), fossem através de concursos públicos e não estivessem vinculados a mudanças políticas que ocorrem a cada quatro anos na administração municipal. Já imaginaram o tamanho do prejuízo no bolso de alguns se isto viesse a acontecer...
Read more...