Pérolas
Créditos do Jornal da Cidade - Bauru
Apedrejando e esclarecendo
Em tempos de outrora, quando se queria aborrecer um adversário político e não se conseguia, perseguia-se seus amigos leais, que ainda os havia.No tempo de Ernesto Monte, seus adversários, para aborrecê-lo, conseguiram a transferência do casal de professores Carlos Corrêa Vianna e sua esposa Isaura Ribeiro Vianna, para Piracicaba, eles que aqui viviam muito bem junto aos seus familiares e amigos entre os quais avultava o casal Ernesto e Flordalisa Monte e lá ficaram até que Ernesto, retomada a hegemonia política, trouxe-os de volta, triunfalmente.É desse tempo de Piracicaba que eu me lembro de verdadeiras “pérolas” políticas, relatadas pelo meu sogro, Carlos Corrêa Vianna, a propósito de um folclórico vereador, combativo, mas ignorante ao mais alto grau.Contava meu sogro de projetos apresentados por ele, naquele tempo e que hoje fazem parte do anedotário político, como aquele de solicitar da Câmara que intimasse o prefeito a “apedrejar” a rua da casa dele que em tempo de seca ficava “pueril” e em tempo de chuva, ficava “barroca”.Em outro projeto histórico, ele reclamava que a sala da Câmara Municipal era muito escura, por causa das janelas compridas e estreitas, que seria necessário colocar janelas mais amplas para melhor “esclarecer” a Câmara.E havia também aquela de que ele estava muito satisfeito com o cargo de vereador que lhe permitiu colocar a filha, como “prostituta” no grupo escolar da cidade.Hoje cada cidade conta de algum tipo de vereador igualmente ignorante esses mesmos casos adaptados para eles. Eu, porém, os conheço assim, de ouvir de meu sogro, político íntegro e capaz, como acontecido em Piracicaba, há mais de cinqüenta anos. Contada por Isolina Bresolin Vianna
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