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A SOLUÇÃO PARA A SAÚDE DE MARINGÁ É SIMPLES: REMÉDIOS

Muitas vezes as pessoas têm me indagado sobre a questão da saúde em Maringá. Alguns dizem que entram e saem administrações e o problema da saúde continua sem soluções... Reclamam da falta de atendimentos nos postos de saúde, da falta de consultas e da falta de médicos especialistas... também reclamam muito do atendimento precário do hospital municipal e da chamada fila de espera para consultas especializadas e agora até para uma simples consulta de rotina. Será que isto pode ser resolvido???
Na minha modesta opinião, houve muitos erros na questão dos recursos aplicados na saúde pública de Maringá. A começar pela implantação do Hospital Municipal em detrimento da ampliação do Hospital UniversitáriO na época da gestão Jairo Gianoto. Mas, uma vez feita a opção pelo Hospital Municipal, evidente que faltou planejamento e interesse em manter o mesmo funcionando como um hospital de referência da rede de Saúde Pública da cidade. Muitas vezes, recursos do hospital foram empregados em outros setores da administração... Estamos observando o sucateamento de equipamentos adquiridos sem uma avaliação real das suas necessidades e de sua aplicabilidade no processo vigente da saúde pública maringaense. Em contrapartida, sempre tivemos falta de materiais básicos para os atendimentos de pacientes, tais como luvas, ataduras, faixas, tesouras e medicamentos.
Nos postos de saúde, lamentavelmente, tivemos uma redução drástica do poder de atendimento, sendo que os PSF foi praticamente abandonado pela atual administração juntamente com o Fiscais da Dengue... Em virtude destes fatos, tivemos um surto gigantesco da dengue no último verão, fato este que será repetido de novo este ano, pois embora a saúde pública tenha demonstrado preocupação com a epidemia, ela limitou-se apenas ao momento crítico e preferiu colocar a culpa do fato na sociedade, sendo que nenhum trabalho de prevenção está sendo feito no momento para evitar uma nova catástrofe em relação a dengue. Quanto aos trabalhos preventivos de saúde que deveriam fazer parte dos projetos nos postos de saúde, eles simplesmente limitam-se a projetos e quando não ao controle da hipertensão.
Embora os projetos de ATIS tenham realmente uma boa relação com a qualidade de vida da terceira idade , não serão eles com certeza que vai diminuir a presença de público nos postos de saúde.
A muito tempo, desde a implementação por leis federais dos conselhos de saúde, temos ouvido que o problema maior da saúde em Maringá era a “Resolutividade”. Que a grande maioria dos casos de consultas médicas seguidas de exames acabavam não tendo uma solução e em muitas vezes exames e consultas eram marcadas sem necessidade e sem um controle mais efetivo por parte do quadro de atendimento, sobrecarregando assim o sistema e ocasionando perda muito grande de investimento na área de saúde. A resolutividade não existia porque ocorriam erros por parte do atendimento (agendamentos e atendimento médico) e também porque o usuário sempre foi muito relaxado com a questão de agendamentos.
Bom, na verdade, tudo isto realmente ocorria e precisava ser revisto, porém eu quero manifestar a minha opinião sobre o que tem sido mais comprometedor na questão da saúde pública: A FALTA DE REMÉDIOS. Não é possível ter resolutividade se um paciente (consciente) faz uma consulta médica ou faz exames médicos e depois o médico receita o remédio que teoricamente deveria resolver o seu problema, mas o REMËDIO não existe na rede pública. O cidadão não tendo como comprar o remédio, não completará o tratamento... faz toda a parte de avaliação necessária porém na hora de tratar do mal, falta o mais importante: O REMÉDIO.
Para tentar camuflar a falta de medicamentos específicos compra-se lotes de diclofenacos e buscopam, sendo que dificilmente você vai encontrar algo diferente nos postos de saúde e no próprio hospital municipal. Um paciente que recebe uma dose de buscopam porque chegou ao hospital com cólica renal e dispensado duas horas mais tarde. O tempo que o remédio faz efeito é de aproximadamente 6 horas, logo em pouco tempo ele terá novamente sintomas da sua doença e irá novamente em busca de socorro, seja nos postos de saúde ou nos pronto-socorros.
A mesma coisa acontece nos postos de saúde.... uma pessoa chega para consultar com um clínico geral reclamando de febre e tosse. O médico consulta, suspeita de infecções e prepara uma receita onde consta alguns medicamentos que ele acha importante para o quadro clínico do paciente... o cidadão pega a receita passa na farmácia do posto e só tem diclofenaco.... ele leva para casa e até arrisca passar numa farmácia para ver o preço dos demais medicamentos. Mas não pode adquirir por algum motivo financeiro... Então, ele vai tratar de que forma???? Com certeza ele vai acabar retornando aos postos de saúde ou no caso de agravamento do seu quadro clínico, internar-se no Hospital Municipal.
Então senhores, não adianta somente pensar na questão da humanização, do atendimento que é precário, no aumento do quadro de médicos e principalmente na questão tecnológica... o Maringaense precisa de REMÉDIOS...

2 comentários:

Anônimo,  20:27  

Me preocupa muito também a situação de um municípe buscar um atendimento por exemplo cardíaco, e no centro médico que ele for atendido, não existir tal profissional, passando apenas por um clínico Geral, uma ginecologista de plantão, ou qualquer outro médico que não seja da especialidade que se faz necessário. Que sugestões tens para resolver este problema tão grave e absurdo que acontece diariamente, inclusive sendo medicado de qualquer maneira, sem espeficidade da doença, isto quando é atendido.....

Unknown 21:06  

Caro amigo(a) :
Reconhecidamente, a questão da especificidade na área de saúde tem sido motivo de debate em todo o mundo. Somos sabedores que quanto maior o grau de especialidade de um profissional da saúde, muito menor a probabilidade do profissional estar disponível na área de saúde básica ou de abrangência do SUS. Aliás, a especialização, tem afastado cada vez mais a figura do médico de família, do clínico geral, figura extremamente importante no processo de medicina social. Na minha opinião, e gostaria de debater com outros cidadãos a questão, acredito piamente que devemos buscar profissionais com a formação de clínico geral para estar disponíveis nos centros de saúde e tentar condicionar centros de referências para os casos que envolvam áreas específicas tais como cardíacos, traumatologias, qeimaduras, doenças infecto-contagiosas, etc. Poderíamos investir no HU como referência em algumas especialidades, o HM como referência em maternidade e pediatria, por exemplo. A rede de centro médico, com profissionais clínicos gerais capacitados estariam aptos e fazer uma avaliação do quadro clínico e estar encaminhando os casos específicos diretamente para os centros de referências. Mas para que isto aconteça, precisamos de gestão ... e isto, não equivale a dizer "boa vontade" ou "politicagem", pois estes são os fatores que fizeram com que o sistema de saúde chegasse ao caos que está.

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